sábado, 4 de fevereiro de 2012

Convívio Fraterno

Necessito de convívio
Sou humano como vós
Se não o tive-o
É natural na minha voz.

Mundo de fraternidade
Por mim não haveria mentira
Minha humanidade
Quem a sentira?

Ó meu grande amigo
Que seria seria de mim sem ti
Estás sempre comigo
Mesmo quando não te vi

Teu nome não conheço
O que de mim não pareço
Que tudo tem um preço
Disso não esqueço


Minha Conclusão

A minha conclusão
É finalizar este achar
Se calhar há solução
Mudar a forma de actuar!

Só te faço uma pergunta
No que estou errado?
Nesta frase junta
Penso que estou marado.

Meu jeito é filosofar
É mandar cá para fora
Em forma de poema a rimar
Digo o que não diria outrora

Afinal as minhas dúvidas
Tranformam-se dia a dia
Hoje de que duvidas?
A vida é alegria.


Rosto Similar

Há um rosto similar
Em cada humano
Eu preciso de um pilar
Para um mundo tão mundano.

Semelhanças tão diferentes
Uns dos outros temos
Em tantas frentes
O que tememos?

Não sei responder
Só sei que ser é poder
Amar é odiar sem saber
Aquilo devemos agir e fazer.

Deste meu corpo vadio
Um pobre solitário
De quem me viu
Na idade do armário.

Afirmação Pessoal

Há um grande dilema
Queremos ter confiança
E se torna um grave problema
Evolui e nos cansa.

A determinação é importante
Para alcançar e evoluir
Nesta terra mutante
Eu estranho o meu sentir

Uns dias sem sentido
Estou contente quando devia
Estar triste e deprimido
Noutros o contrário dessa via.

Depois percebo que há uma certeza
Tudo começa a bater com a perdigota
Eu sinto com leveza
O que quero sentir se nota.






sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Tristeza Infinita

Infinito tempo finito
Que começa, dura e acaba
Num único minuto
Tristeza que me afaga.

Acorda-me agora
Temos de estar contentes
Nesta mesma hora
Breves períodos deligentes.

Não vale a pena mais nada
Foi mais forte de aguentar
Minha mente passada
Está a bloquear

Expectativas renegadas
Dum futuro em branco
Mágoas aguentadas
De mim sou franco

Sozinho sem Ninguém

Eu estou cada vez mais sozinho
Nesta casa sem ninguém
Apesar de rodeado por qualquer vizinho
Sei algo de quem?

Nasci sem estar preparado
Para isto mesmo
Viver dependurado
Entre este grande abismo.

Ninguém me preparou
Para esta saga de aventura
Mas alguém comigo contou
Para ser contra-natura.

No meu e teu passado
Tudo era igual e bem diferente
Porque a esperança do ser alado
Vivia sempre à nossa frente.

Mundo Marginal

A perfeição universal
Consegues imaginar
Neste universo material
Algo melhor a melhorar?

O sonho aumenta a fé
De quem atingido
Aumenta sim até
A realidade de si fugindo.

O mundo então
É mais que bestial
De si quero a noção
Do seu lado marginal.

Se me centro
Únicamente no meu eu
Esqueço o teatro
Da vida que alguém nos deu.

Tão Natural

Minha rocha mineral
Pedra bonita
Vida tão natural
Valiosa pepita.

Tua base é suporte
Tua magnitude a norte
Para a vida e para a morte
Que nos transporte.

Deste à vida origem
Nos planetas rochosos
Do nosso sistema emergem
Sejam telúricos ou gasosos.

A vida biológica
Tem a química na essência
Como sua lógica
Minha querida ciência.

Plenitude da Cantiga

Incompleto te ambiciono
Ó gente daquela terra
Como é que soluciono
A vontade que berra?

A música em plenitude
Nos faz sonhar
Em alta atitude
É tão linda de cantar.

A voz minha amiga
Não me deu os trunfos
Para que minha cantiga
Podesse valer triunfos.

Se eu não gostasse
Desta canção assim
Se me retibuísse
Eu diria que sim.

A Pequena Paz

Sendo a mais pequena
Vejo no entanto capaz
Desta pessoa amena
Ter direito à sua paz.

Milhares de talentos ocorrem
Na sua pequenez melodiosa
Outros tantos acorrem
Nesta perspectiva odiosa.

E eu a oiço de forma bela
Pensando no que ela não ouve
São enfim coisas dela
Do que ali houve.

Sabes, tenho uma meta
Sigo um caminho
Sigo uma seta
Vivo sem tino.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Sinto-me assim

Exprimir sentimentos em nós
E por tanto os meter no nosso pensar
Nos lembramos do tempo dos nossos avós
Em que a sua nostalgia os fez amar.

Sinto-me como uma criança indefesa
Num meio que não o seu
Quando alguém aparece em sua defesa
O seu agradecer é maior que qualquer dizer meu

Que conversa chata
Com tão pouco para falar
Que frase com lata
A fará acordar?

Sinto isso quando falo
Quando mais quero comunicar
Acontecendo eu me calo
Porque me faz a voz falhar?

Dúvidas

A insegurança que possuo às vezes
Ultrapassa a racionalidade
Durante muitos meses
Nem sei que faça à minha ingenuídade.

Se eu tivesse a certeza
Tudo seria mais fácil
O Mundo sorriria com beleza
Tudo seria mais dócil.

O problema é ter dúvidas
Algumas delas inuteís
Outras por instinto possuídas
Todas esclarecidas em papeís.

Adoro excepcionalmente escrever
Quando a alma tem ainda mais pendor
Porque não consigo esquecer
Esta minha dor?

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sentimento Poético

Um poema é sentimento
É ânsia de poder ser
Mais que um passatempo
É viver sem o poder.

Por cada hora passada
Vejo a falta de um amigo
A vida é conturbada
No entanto eu esforço-me, eu consigo.

A tristeza feia se confunde
A alegria e beleza também
Não sei explicar aonde
Mas que sim, sei bem.

Toco neste minuto pobre
Numa enregelada mão
O que eu mostro nos cobre
Mostra alegria na tristeza, simples compaixão.

Desabafos do Desespero

Desesperado escrevo o que vi
Enquanto mais espero
Me torno cativo de ti
E de tudo o que quero.

Por mostrar algo sentido
Exprimi-lo se torna pecado
Olhas para mim de coração partido
Como se de mim tivesses esperado.

Sentimentos repartidos de verdade
Porque queres-me em felicidade
Ousa sonhar tua vontade
Segue o teu desejo na realidade.

Finta a morte
Com o que queres fazer
Se lutas por melhor sorte
Tua obra irá sobreviver.

O Desiquilíbrio

Desiquilibrados somos todos
De certa maneira ou de outra
Há a quem custe com bons modos
Admitir essa mesma amostra.

Quem acha não ser
Tem medo de certas coisas
De vergonhas a haver
Fogem delas assim que poisas.

Na fonte deste temor
Um desiquilíbrio aparece
Há logo um grande terror
Se algo disto acontece.

A fuga objectiva
Desde cedo começa
Qualquer um compreende a perspectiva
De estar metido nessa peça.